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Acidentes nucleares e seus impactos no meio ambiente

Responsáveis por grandes desastres ambientais, os acidentes nucleares são sempre cobrados nos vestibulares. Saiba tudo sobre os três acidentes mais importantes da história neste texto.

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Os elementos radioativos foram descobertos em 1896 e estão presentes em nossa vida de diferentes formas. Contudo, eles também foram responsáveis por grandes danos causados ao meio ambiente, especialmente devido aos acidentes nucleares. Conheça os principais acidentes radioativos da história:

Chernobyl: o maior dos acidentes nucleares

Na imagem, um lobo selvagem busca alimento pelos terrenos da usina de Chernobyl.
Raposas retornando à área de Chernobyl anos após o acidente.
Fonte: Adobe Stock.

Iniciado por uma explosão em 26 de abril de 1986, Chernobyl é definitivamente o acidente nuclear mais famoso do mundo. Até hoje seus números são controversos e pouco sabemos sobre as verdadeiras dimensões de sua radiação.

Contudo, as medições da época e os registros escritos demonstraram que, nas regiões mais próximas do acidente, a vida se reduziu drasticamente devido à radioatividade. Como consequência, o governo soviético foi obrigado a criar uma zona de exclusão, retirando milhares de pessoas de suas residências.

Mas, surpreendentemente, a biodiversidade, mesmo afetada pela radiação, voltou a prosperar rapidamente na região. Primeiramente com a retomada das áreas florestais, seguido da volta de cavalos selvagens, javalis e até lobos.

Atualmente, diversos estudos demonstram que a maior parte dos vertebrados que retornaram para a região já estão em populações estáveis, e crescendo com melhores condições que em muitos locais da Europa.

Acidente Nuclear de Fukushima

Imagem do satélite NOAA captando os níveis de radiação de Fukushima e sua expansão pelo Oceano Pacífico.
Radiação de Fukushima e sua expansão pelo Oceano Pacífico.
Foto: Satélite NOAA (US National Oceanic and Atmospheric Administration) .

Marcado por uma série de catástrofes, o acidente da Usina Nuclear de Fukushima começou com um grande maremoto próximo ao Japão, no dia 11 de março de 2011. Como consequência, um tsunami de 14 metros atingiu a usina, destruindo-a e cortando o sistema de energia.

Sem procedimentos de segurança, 3 reatores superaqueceram e explodiram, levando ao vazamento de material radioativo. Na tentativa de minimizar os impactos, 171 mil pessoas foram evacuadas, plantações foram interditadas e o consumo de água potável foi desincentivado.

Ainda assim, os problemas continuaram. A maior parte da radiação seguiu rumo ao leste, contaminando todo o Oceano Pacífico. O vazamento de água radioativa estende-se até hoje e os impactos na vida marinha são imensuráveis até o momento.

Em decorrência do impacto, diversos animais nasceram com deficiências e o solo da região foi considerado impróprio para o cultivo. Contudo, igual em Chernobyl, a região abandonada próxima à usina presenciou o aumento de animais selvagens nos últimos anos, especialmente javalis.

Césio-137 de Goiânia

Imagem de um perito químico removendo uma quantidade de Césio-137 no ferro velho em Goiânia.
Remoção do lixo radioativo na área do ferro velho onde foi encontrado.
Foto: Carlos Costa 07/10/87.

O maior acidente radioativo da América ocorreu em 1987, no município de Goiânia (GO). Após o abandono do prédio do Instituto Goiano de Radioterapia, dois sucateiros retiraram uma peça de chumbo de uma máquina de radioterapia, com o intuito de vendê-la.

A peça foi vendida para um ferro-velho e ao desmontar, expôs o dono do comércio a um pó branco que brilhava no escuro, o Césio-137. Encantado, ele levou o material radioativo para a família e a vizinhança, tornando o “pó azul” extremamente popular.

Entretanto, horas depois da exposição, muitas pessoas foram levadas para o hospital por apresentarem vômito e tontura. Pela ausência de informação, os médicos diagnosticaram como uma virose comum e pouco deram importância para a situação. A solução veio apenas dias depois, quando o material radioativo foi levado às autoridades.

No total, foram mais de 250  vítimas reconhecidas pelo contato com Césio-137. Além disso, mais 6 mil toneladas de lixo radioativo foram enterradas e 6 mil pessoas atingidas indiretamente pela radiação emitida. Para evitar maiores contaminações, as vítimas foram enterradas em caixões de concreto e diversos locais foram demolidos.

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